
Sobre a dramaturgia, por Cristiano Bacelar
25/03/2013
Entender o texto...
A loucura controlada...
Datas...
Encontros...
Silêncios eternos...
Datas e mais datas, indas e vindas, historias recontadas, de outro ponto de vista. Sempre um re-começo.
Encontros... desencontros...
Planta sagrada, fumito...noites em claro
Cachorro x Mescalito...
Política de um tempo, texto escrito durante transformações de uma época.
Linha do tempo... tempo linear, fragmentado...
SILENCIO.
Dias e dias, lendo as obras de Carlos Castaneda aonde ele escreve dele mesmo, se coloca como ridículo, é maravilhoso. Um iniciado em um mistério.
Cada vez que lia, as palavras ficavam em minha mente, aonde um segundo pode definir e define uma vida, um segundo para um guerreiro é o último de sua vida, e significa sua morte, mas por outro lado, tudo, TUDO não tem nenhuma importância...Mas como lidar e viver como se a qualquer momento eu posso morrer, qual é o meu último ato, antes de deixar aonde estou e ir fazer outra coisa...quando vou despedir de manhã do meu filho, ao abraçar minha companheira, ao tomar um café, ao conversar com um amigo, pegar um ônibus, cada segundo é o último...mas nada, nada tem nenhuma importância.
Uma coisa que eu amei na técnica de Dom Juan foi a LOUCURA CONTROLADA, muito parecida com o distanciamento de Bertolt Brecht. Muito teatral, aonde você “entra” em personagens ou situações mais não se identifica. “um mundo está louco, faço de conta que sou louco, para conviver com a loucura, mesmo sabendo que não sou.” Mas será que não sou louco?
“estranhem o que não for estranho, sintam-se perplexos ante o cotidiano, tratem de achar um remédio para o abuso, mas não se esqueçam : o abuso é sempre a regra” Bertolt Brecht
